segunda-feira, 2 de junho de 2008

Encontro Marcado

Estava eu dirigindo sábado tranquilamente, quando paro num sinal da Rua Amélia, atrás de quatro ou cinco carros e escuto um jornaleiro anunciando o 'Diário' e o 'Commercio'. Até aí tudo bem: o jornaleiro estava passando fila por fila mostrando as capas do domingo e antes de chegar a minha vez, fiquei curtindo e tentando imitar a entonação da venda. Sou fan daquele sotaque malandro 'Diááááario' / 'Commeeeercio' que deve até funcionar como pré-requisito para a profissão. Também percebi que, mesmo com vários exemplares debaixo do braço, é bastante raro anunciarem a Folha de Pernambuco. Talvez o nome não tenha a sonoridade adequada ao sotaque ou talvez na área da Rua Amélia, dentro dos carros, sejam poucos os interessados pelo jornal 'popular' de Recife. Quem compra a Folha tem que ir atrás e com os pés no chão de preferência (literalmente ou metaforicamente). Antes do sinal abrir, dei uma olhada na capa do JC e tive como reação natural fingir uma crise de pânico dentro do carro. Olhei para todos os lados, tranquei as portas, fiz cara de horror, gritei e depois tive uma puta crise de riso. O jornaleiro percebeu e me olhou com uma cara de 'que pessoa mais estranha'. Afe... me desculpem os roubados do meu Brasil e os com síndrome do pânico, mas definitivamente o encontro de um motorista tranquilo com aquela capa de jornal não podia sair sem uma cena e também jamais irá acontecer de novo. Por isso, fiz questão de repetir o personagem em todos os sinais seguintes.


2 comentários:

disse...

MEDOOOO!

Muito medo do teu ataque.

Bjo

Anônimo disse...

Acho que tu devia era ter comentado sobre não saber quem é a mocinha e quem o traveco. hhuhhuauhauhhua