Atendendo as minhas preces, chegamos ao fim de mais um Cine PE. Não deveria nem fazer o comentário a seguir, mas gostei muito dos dois curtas que eu vi nesse sábado, talvez por motivos mais pessoais que cinematográficos. Talvez nada. Com certeza. O que de certa forma é justo e não desmerece o prazer em si. O primeiro foi "Os filmes que não fiz" e rolou uma identificação de cara. O título é auto-explicativo e a minha vida de cineasta também. Senti todo sarcasmo e ironia caindo lentamente sobre mim e, quem diria, me fez um bem danado. Foi quase como expurgar alguns demônios em dez minutos. No entanto, o que realmente me veio na cabeça foi uma antiga definição que coloquei num blog meu ou mesmo no orkut. Era algo como 'as palavras antes das imagens e o silêncio antes das palavras. Ou tudo misturado num embrulho clandestino'. Acho que nunca me senti tanto um embrulho clandestino como nos últimos meses. Não penso mais em um campo absoluto, nem encontro sentido n'A arte, uma ou outra, mas nas artes, todas juntas, ao mesmo tempo, agora. O segundo curta-metragem, "Café com leite", era o bam-bam-bam do festival. Provavelmente o mais esperado por sua carreira internacional bem sucedida. Não posso esconder que também rolou uma identificação rápida, apesar de não tão profunda quanto a do filme anterior. De um lado da platéia, o 'owww que fofo', do outro 'nojento filho da puta'. Infelizmente o título não é auto-explicativo e nem sou eu quem vai explicar. Assistam. Ponto.
Foi uma pena que cheguei um pouco atrasado e perdi o Dossiê Rê-Bordosa, ou seja, perdi mais uma sessão de auto-explicação e identificação certa. E se brincar, a mais radical entre todas.
Foi uma pena que cheguei um pouco atrasado e perdi o Dossiê Rê-Bordosa, ou seja, perdi mais uma sessão de auto-explicação e identificação certa. E se brincar, a mais radical entre todas.
Um comentário:
Coincidentemente gostei dos três curtas mas não tanto por motivos "cinematográficos" =P
Já os longas... pelamordideus viu... ver muito filme ruim num espaço tão curto de tempo faz mal. Devia ser pribido (E essa frase resume minha opinião sobre o Cine PE desse ano com, claro, algumas raríssimas exceções... =/)
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