Achei a palestra do professor dinamarquês Norbert Wilderbuth - também professor de Harry potter em Hogwarts - um verdadeiro gato por lebre. Como no e-mail que recebi com resumo da temática havia um delineamento sobre ciberativismo, ciberprostesto, achei que ele ia debandar para o ciberativismo de fato, ciberterrorismo, pirataria e tal. Fui super empolgado esperando colher contatos de hackers, iniciativas desconhecidas e terroristas virtuais dinamarqueses ou europeus e de repente, quando me dou conta, o que está rolando era apenas um papo ONG, um caramujo acadêmico e a velha culpa européia pelo mundo subdesenvolvido. Tudo muito teó-ó-órico, o que, pra mim, soou muito mais passi-i-ivo. Além de que vamos deixar bem claro: exemplos com dados da Dinamarca, com vícios comportamentais dinamarqueses você aplica na Dinamarca e não pensa o mundo, como se o mundo fosse a Dinamarca. Se abrir a porteira geral, daqui a pouco neguinho está usando a Paraíba para explicar a revolução francesa.
Além de todo papo teórico de que a internet só está aumentando a desigualdade social (e ainda vou escrever um post exclusivamente sobre isso), que o mundo está uma merda e 'olhe aqui, eu apresento dados', na prática, o Norbert só mostrou um documentário C, feito por ele aqui no Brasil, com um som péssimo e com um garotinho da comunidade X que passava cerca de 8 horas na frente da televisão. Meu ovo inchou na hora. Graças a Deus, nem tudo foi merda. Entre o excesso de palavras sobre consumo passivo, o mundo dos coitadinhos contra a mídia baixo astral e todo blá blá blá falso moralista que condena a tecnologia por existir, o Norbert soltou uma coisa extremamente interessante. Acho que a palestra valeu só por esse momento. O que ele disse, dentro da discussão sobre o menino na frente da televisão, foi que, para ele - o menino, a cultura inútil era importante e funcionava como moeda social. E funciona total, não só para o garoto pobre, como para o acadêmico que fofoca nos corredores de comunicação, como para boa parte da população conectada ou desconectada. Cultura útil e a cultura inútil têm suas funções sociais. No mundo popular, temos a fofoca, a mentira, os jornais, as revistas e a televisão e na internet, temos tudo isso, mais o youtube, orkut, o fotolog, o vimeo, videolog, entre outros.
Eu não passo um dia sem a intimação, por parte de algum amigo, de um vídeo engraçado, que mais na frente funciona como moeda social numa festa qualquer ou numa conversa animada. Até porque nas festas que eu vou, o pessoal começa no Deleuze e depois desce até o chão - com Foucault ou sem Foucault. Então abri esse post só para colaborar com a cultura inútil de todos vocês, porque eu me preocupo com o nível cultural de todos e atualmente cada vídeo idiota vale R$ 5,00 em moeda social. Estou me sentindo o próprio tio patinhas se o tio patinhas não fosse um puta pirangueiro. Alguns clássicos.
[versão 2] berenice segura! [leila lopes remix sem música]
Narcisa Tamborindeguy no Amaury Jr. COMPLETO
Reconstituição do Caso Ronaldo com Travestis - Pânico na TV
Além de todo papo teórico de que a internet só está aumentando a desigualdade social (e ainda vou escrever um post exclusivamente sobre isso), que o mundo está uma merda e 'olhe aqui, eu apresento dados', na prática, o Norbert só mostrou um documentário C, feito por ele aqui no Brasil, com um som péssimo e com um garotinho da comunidade X que passava cerca de 8 horas na frente da televisão. Meu ovo inchou na hora. Graças a Deus, nem tudo foi merda. Entre o excesso de palavras sobre consumo passivo, o mundo dos coitadinhos contra a mídia baixo astral e todo blá blá blá falso moralista que condena a tecnologia por existir, o Norbert soltou uma coisa extremamente interessante. Acho que a palestra valeu só por esse momento. O que ele disse, dentro da discussão sobre o menino na frente da televisão, foi que, para ele - o menino, a cultura inútil era importante e funcionava como moeda social. E funciona total, não só para o garoto pobre, como para o acadêmico que fofoca nos corredores de comunicação, como para boa parte da população conectada ou desconectada. Cultura útil e a cultura inútil têm suas funções sociais. No mundo popular, temos a fofoca, a mentira, os jornais, as revistas e a televisão e na internet, temos tudo isso, mais o youtube, orkut, o fotolog, o vimeo, videolog, entre outros.
Eu não passo um dia sem a intimação, por parte de algum amigo, de um vídeo engraçado, que mais na frente funciona como moeda social numa festa qualquer ou numa conversa animada. Até porque nas festas que eu vou, o pessoal começa no Deleuze e depois desce até o chão - com Foucault ou sem Foucault. Então abri esse post só para colaborar com a cultura inútil de todos vocês, porque eu me preocupo com o nível cultural de todos e atualmente cada vídeo idiota vale R$ 5,00 em moeda social. Estou me sentindo o próprio tio patinhas se o tio patinhas não fosse um puta pirangueiro. Alguns clássicos.
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3 comentários:
ah, tô rica.
narcisa: I love you!
www.televisaoemdebate.blogspot.com
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