Do Caderno C – Só alguns trechos
"Blackout, álbum de Britney Spears lançado esta semana, é um dos mais divertidos, cafajestes e robóticos de 2007"
Schneider Carpeggiani
“Após sucessivos naufrágios, surpresa geral: Blackout, o álbum de Britney Spears que é lançado esta semana, é bom, muito bom. Não só o melhor da sua carreira (E que carreira, hein?), também um dos discos pop mais divertidos, cafajestes e robóticos de 2007. A notícia é excelente, porque a (ex-)miss sonho americano (como ela mesma se define numa das novas faixas) é hoje a subversão em pessoa da música de massa, o maior caça-às-bruxas da indústria de celebridades, a besta-fera presa no sótão, o 666 de top e rímel, que para ficar perfeita só precisava da ajudinha de um bom refrão".
[...]
“Não é que Britney estivesse gorda, seu corpo era coerente com o de uma garota de 25 anos que tinha acabado de ter dois filhos, um divórcio e um esgotamento nervoso (Lembrei daquele vídeo do pirralha chorando defendendo a Britney). A roupa era minúscula, sim, mas não faz parte do discurso feminista conceder à mulher a liberdade de fazer o que quiser com seu corpo, seja ele dos tamanhos P, M ou GG? Gorda e de top, nada mais livre”. (Metrópole: Livre e Moderna)
[...]
"Mesmo perdida, sem carisma, gorda, atropelando fotógrafos e agora sem a guarda dos filhos, Britney veio com o melhor álbum da sua carreira (Ai... de novo essa conversa) , que tem no título a surpresa de um momento súbido de escuridão (Blackout). Mas pode acender as luzes sem medo, é só Britney, bitch".
Rápido Comentário:
Como diria Cybelle, uma grande amiga de um humor-negro devastador: "bichou viu, bichou que eu vi"! Schneider é, sem dúvida, o representante-mor do bitch-journalism em Recife. E na verdade, isso nem é uma crítica, só uma constatação, afinal falando de Britney, o bitch-journalism até cai bem - principalmente por conta dos possíveis leitores interessados, mas quando Schneider transporta essa mesma linguagem pra seus escritos sobre Literatura ou mesmo sobre outros artistas-menos-descartáveis é preciso que alguém de vez em quando diga: volta pra Britney, vai!
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