Com a gravata desamarrada, afim de fumar um cigarro e com a maior vontade de tirar água do joelho, Godard filma a última cena de Acossado no meio de uma multidão de curiosos. Digo logo que nessa época era diferente e ninguém aí assinou termo algum de autorização de imagem. Agora notem só o naipe da câmera portátil, a expressão de enterro dos anônimos e percebam que o Jean-Paul Belmondo - deitado no chão - estava dando língua pra todo mundo. (Paris, 1959 - créditos da imagem)
Jean-Pierre Léaud com quase 15 anos, entediado, numa mesa de gente velha e mulheres sem charme. Nessa ocasião, ele tomou seu primeiro porre e se questionou várias vezes se fizera a escolha certa ao participar de Os incompreendidos. Sequer imaginava o quão seu personagem, Antoine Doinel, ainda iria lhe render. Enquanto isso, Truffaut, com a maior cara de Roman Polanski e totalmente esquecido da existência do garoto, alarga seus contatos, brinca de seduzir o Jean Cocteau e até se oferece para produzir seu próximo filme. Terminou dando certo: François ganhou o prêmio de direção naquele ano (Festival de Cannes, 1959 - créditos da imagem)
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