José Teles é um boêmio vespertino dos bons e não só pelo bar, e sempre penso no 'frontal', ser o cenário perfeito da maioria de suas crônicas, mas principalmente pelo jornalista imprimir, re-imprimir e re-inventar semanalmente um tom irônico-etílico-despojado como poucos. Suas palavras sempre oscilam acima do nível de álcool permitido, nunca apelam para um bom mocismo social-religioso e sempre nascem encorpadas de uma experiência pessoal profunda, o que o destoa completamente das notícias-matérias-sei-lá-o-que, digamos, 'anônimas'. José Teles é parte reconhecível de seu próprio texto, 'minha senhora'. Ele se garante: enquanto séries e séries de reportagem do mesmo Jornal do Commercio legitimam, reforçam, referendam a proibiçãodo fumo ou mesmo a recente e exagerada lei seca, o jornalista baixinho de óculos está lá, sozinho, se colocando do lado da fumaça soprada e pelo direito de beber. Eu assino embaixo.
Leio a coluna do José Teles todos os domingos de manhã. Com ou sem ressaca.
Leio a coluna do José Teles todos os domingos de manhã. Com ou sem ressaca.
Um comentário:
O melhor é que Teles nem fuma. E, sim, ele adora o frontal. Hahahahahahahaha Mas o "point" da Diva (como ele é carinhosamente conhecido no JC) é mesmo um tal de Calabouço, que fica perto da casa dele (em BV).
E, sim, eu amo Teles. Ele era a pessoa que eu mais queria conhecer na vida quando entrei no jornal. E, depois que conheci, virei mais fã ainda.
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