sábado, 27 de dezembro de 2008
Doces Bárbaros
- Sério? Eu ia adorar começar um namoro depois desse filme.
domingo, 14 de dezembro de 2008
TAM 3515
Mesmo achando uma perda de tempo, não me atrevo a questionar a força de captura que Lost consegue exercer sobre o espectador. Você assiste, vicia e leva como filosofia de vida por uma ou duas semanas. Hoje, por exemplo, quando entrei no avião para São Paulo, me peguei olhando na cara das pessoas com cuidado, enquanto cogitava como seriam meus parceiros caso nosso avião, o TAM 3515, caísse numa ilha no meio do nada, fora do mapa, com fumaça do mal, os Outros, médiuns, físicos, ursos, Dharma e Ben. Por sinal, adoro o Ben, adoro como mesmo surrado, amarrado, humilhado, todo mundo continua perdendo a linha depois de conversar com ele: Sawyer bate na cara dele, Jack sai chutando a porta, Locke joga os pratos na parede. Quanto ao meu vôo, fiquei um pouco decepcionado mesmo com a gama variada de tipos: tínhamos crianças-felizes, gringos-perdidos, bichas-madonna. Engraçado que o vôo foi particularmente turbulento e desde a subida notei que o senhor sentado ao meu lado, na janela - um quarentão com os primeiros sinais de calvice - tinha um pânico controlado de avião. Fechou a janela, ficou de cinto durante toda viagem – só tirando para ir ao banheiro – e em qualquer tremelique ele sussurrava para si palavrões – porra, caralho, essa merda – meio indignado com o tremelique da aeronave e mais indignado com o seu próprio medo. Realmente deve ser difícil: não cai muito bem para um pós-pitboy quarentão de respeito se submeter a uma fobia tão besta. Durante as três horas no ar, o senhor abriu a janela duas ou três vezes, fechando-a em menos de trinta segundos e se jogando na poltrona com o coração claramente acelerado. Ele chegou a fechar até as janelas da frente, o que quase quase gerou confusão. Enquanto isso, eu lia uns artigos da Socine na maior tranqüilidade e enviava as piores energias para a vadia da mulher do check in da TAM, pois eu tinha pedido para ela me colocar na janela e no fundo do avião e terminei ficando numa das fileiras da frente e na poltrona do meio. Puta.
Depois do sanduíche frio de vento com queijo e da aeromoça me olhar feio por eu ter pedido duas bebidas, tivemos o ápice da tensão Lost ou não Lost, quando o comandante avisou que iríamos entrar numa área de turbulência. Pelas janelas dava pra ver um mar de nuvens suspeitas. O pós-pitboy só faltou rezar, mas o pior é que a aeronave balançou mais que o balanço normal, o que fez com que ele ficasse com os braços duros, fechando o punho com força suficiente para machucar a si mesmo. Eu particularmente estava num dia de amor e senti um pouco de compaixão, afinal medo irracional, medo irracional, eu e minhas aranhas. Cheguei a pensar em emprestar minha mão esquerda para ele segurar e se sentir melhor, mas achei que poderia se criar uma situação constrangedora até porque se ele aceitasse, além de machucar meus dedos, corria o risco de minha compaixão virar risada. Como me conheço, preferi não arriscar. Foi então que chegou a hora da aterrissagem. Na minha santa ignorância sobre fobias, imaginei que fosse o clímax, o grande momento do surto e me preparei psicologicamente para tal. À essa altura, não ia mais emprestar, mas alugar a minha mão. Nem foi o caso: outro senhor roubou a atenção. Esqueci de contar que durante a viagem, vi um rapaz de cabelo arrepiado se levantar – ele usava luvas – e pegar uma bolsa com seringas. Achei suspeito. Charlie? Ao final da viagem percebi que devia se tratar de um enfermeiro acompanhando algum passageiro enfermo - e era justamente isso - e que especialmente naquele momento, o doente precisava de toda assistência possível. Pouco tempo de entrada no processo de aterrissagem, rolou uma puta crise, não sei se pela doença, não sei se pela descida: respiração pesada, sons abafados, falta de ar, convulsões, muita tosse. A metade da frente do avião entrou numa apreensão coletiva, com direito a solidários se levantando para ajudar - e que obviamente não tinham como ajudar em nada - mas que terminavam espalhando mais o clima de angústia. Bateu uma sensação de que se o cara não ficasse bem, o avião iria cair. Bizarro que uma única pessoa estava fora dessa agitação: mesmo com os braços contraídos violentamente, o senhor sentado ao meu lado abriu um lunático sorriso tranquilo e mórbido. O avião finalmente tocou o chão: as crianças felizes continuavam felizes e não paravam de gritar.
quinta-feira, 11 de dezembro de 2008
Top
1 -A Cor da Romã (União Soviética, 1968), de Sergei Parajanov
2 - Mulher das Dunas (Japão, 1964), de Hiroshi Teshigahara
3 - As Cinco Obstruções (Dinamarca, 2003), de Lars Von Trier e Jorge Leth
Quotes
Richard Leacock
entre outras coisas, diretor de fotografia dos filmes Primárias (1960) e Monterey Pop (1967).
segunda-feira, 8 de dezembro de 2008
1 hora é R$ 0,50
sábado, 29 de novembro de 2008
quarta-feira, 26 de novembro de 2008
segunda-feira, 24 de novembro de 2008
Scorpio Rising (EUA, 1964), de Kenneth Anger
domingo, 23 de novembro de 2008
Bloco de Notas
Acho que é só isso.
ps1.: se eu entrar na vibe da procrastinação, por favor, desconsiderar o post.
quinta-feira, 20 de novembro de 2008
AwarEgos
Depois quando eu fico noiado que o google está de olho em nossas vidas, todo mundo acha que sou um lunático.
quarta-feira, 19 de novembro de 2008
Super 8
terça-feira, 18 de novembro de 2008
O Cinema Cearense
I
No último sábado (15), a mostra competitiva nacional, com os programas O Papel da Câmera e Salvar Arquivo, nos atentou para uma nova – e não sei bem o quão nova – e diversa leva de filmes cearenses, algo que boa parte da platéia só havia vislumbrado, anteriormente, através do documentário Sábado à Noite, de Ivo Lopes Araújo. De fato, percebemos a existência de uma movimentação baseada na vontade, mas que não finca seus méritos só pela existência da vontade – o que poderia nos remeter ao vazio cinema 'brodagem' do 'pelo menos estou filmando' – pois os curtas Longa Vida ao Cinema Cearense, dos irmãos Pretti (Luiz e Ricardo) e Jarro de Peixes, de Salomão Santana, expuseram uma complexidade, um aprofundamento e uma distinção de premissas estéticas, se consolidaram como duas das produções mais consistentes do festival até então e, para além disso, firmaram uma posição política convergente do fazer cinematográfico. Os que os diferencia é justamente o que os aproxima.
Os Debates e as Salas
segunda-feira, 17 de novembro de 2008
Competitiva Internacional
sábado, 15 de novembro de 2008
exemplo número 2 de como justificar:
fiquei agora noiando com o meu eu do texto falando do eu de daniel aragão no filme
Rodrigo diz:
hahahahah
s diz:
hahahah
s diz:
hipocritinha
Rodrigo diz:
mas eu sempre posso alegar que meu texto é metalinguístico e não hipócrita
s diz:
e daniel pode alegar que o filme dele é uma piada interna.
Janela Crítica
Solidão Pública
Depois de assistir Solidão Pública pela terceira vez, consegui separar com clareza o que me emociona do que me incomoda no filme de Daniel Aragão. Basicamente a obra me conquista pela idéia matriz de comprar, por três reais, transeuntes comuns de uma praça do centro do Recife para que eles deixem filmar seus rostos – e consequentemente suas expressões, suas personas e até uma interação – diante de uma câmera pelo tempo limite de três minutos. Acho que a proposta funciona tanto como intervenção artística, intervenção que fez parte do SPA das Artes de 2007, como na forma de produto formatado, ou melhor, documentário experimental. Solidão Pública segue a linha de produções contemporâneas que assumem a 'intervenção' para fundamentar a iniciativa documental, como pode ser visto brilhantemente no trio parada dura nacional Serras da Desordem, Santiago e Jogo de Cena. E que fique claro: isso não é uma comparação direta, só um vínculo de intenções. Mas seja como for, Daniel abandona a idéia já mastigada de registrar a movimentação da praça como ela realmente é no dia-a-dia (algo que outra produção da mostra competitiva, Osório, de Heloísa Passos, tenta sem sucesso fazer), para assumir uma escancarada quebra do estado das coisas: só quando finalmente a tenda está armada, o telão montado, o povo amontoado é que ele começa a filmar. Não sei até que medida o segundo produto já estava planejado desde o primeiro, mas, de fato, Solidão Pública enquanto processo saiu do âmbito das artes plásticas para se tornar um pequeno objeto de discurso metalinguístico do documentário. Particularmente gosto destes deslocamentos quando um teor reflexivo permanece em ambos, mas principalmente quando a natureza da reflexão (e emoção) também se desloca e se deriva.
sexta-feira, 14 de novembro de 2008
Procon
Pelo menos só me custou R$ 1,00.
terça-feira, 11 de novembro de 2008
“A vida é como um cigarro. Você tem que fumar até o fim”
A narrativa solidifica todo entendimento sobre o personagem ao criar uma relação entre o ser fucking loser e o senso de humor suspeito que temos de ter para suportarmos a nossa própria existência fucking loser. É bastante confortável de se identificar, mesmo que não tenhamos apanhado no colégio, nem perdido os pais numa tragédia, nem nunca acreditado que borboletas possuem cheiro de chulé. Podemos fingir e nos sentir muito bem enquanto espectadores. Podemos até criar uma lembrança falsa. A estrutura de Harvie Krumpet segue os trabalhos anteriores de Adam, a trilogia Uncle, Brother e Cousin, onde o narrador assume um papel fundamental na evolução diegética, falando friamente dos acontecimentos mais terríveis e sempre os complementando com um humor negro sagaz. É com tal força abstrata que me identifico. Há uma recorrência explícita nessa obra: os piores acontecimentos na vida de Harvie terminam por levá-lo as suas melhores experiências. Harvie trabalhava no lixão e foi justamente por causa de seu trabalho que encontrou a televisão onde assistiu um filme de Burkley (uma referência direta à Busby Berkeley). Harvie um dia foi parar no hospital, perdeu um testículo, mas encontrou na enfermeira que lhe atendera, a mulher com quem iria se casar. É sempre assim em Harvie Krumpet: um eterno quase suicídio salvo pelo suicídio do outro. A referência final ao cigarro não poderia ser mais pertinente. Cabe como uma luva. Fumemos, então.
Making Off
Meu post:
E quando falo em formas alternativas de atuação, penso, por exemplo, no fato de eu ser um dos integrantes de um recém surgido cineclube daqui de Recife (5 meses de vida), instituído com uma proposta de passar filmes raros que não tenham veiculação em DVD. Assim sendo, nem preciso dizer o quão o Making off tem sido importante para nós. Essencial mesmo. Se pensarmos que esse cineclube compartilha filmes numa sessão na sala escura e blá blá blá com um púbico que não tem a possibilidade de baixar - seja porque não tem internet ou não possuem a cultura de baixar mesmo - acho que podemos considerar isso uma forma de atuação. Alternativa, mas atuação. Outros membros do cineclube foram excluídos daqui - e eu sei que eles são 'bons' semeadores. Talvez seja difícil visualizar, mas numa cidade como Recife que conta com apenas três salas 'alternativas' de exibição - e sendo caridoso nesse número - além de termos uma das piores velocidades de conexão do país, qualquer iniciativa de exibição já faz alguma diferença. Eu estou fazendo mestrado em comunicação e meu trabalho é justamente sobre a junção da cultura de baixar filmes com a prática cineclubista (tomando em especial, cidades periféricas). Estou meio que trabalhando teoricamente e praticamente no objeto - e gosto disso.
Quando soube que um bando de contas tinham sido excluídas, primeiro fiquei muito puto porque alguns conhecidos meus foram sumariamente excluídos e eles tinham sim uma atuação alternativa no fórum (outros são bastante atuantes em quantidade de posts), mas depois tentei entender as razões, porque óbvio que elas existem se não tal atitude não seria necessária. Por fim, gostaria de saber se existe um texto oficial dos moderadores sobre a limpeza nas contas. Gostaria de ler e entender melhor a situação.
enfim, é isso. abraços.
Ps.: a melhor consequência em mim dessa limpeza foi que me senti agora intimado a postar algum filme. Irei fazê-lo brevemente.
Mensagem Oficial dos Administradores:
O Making Off surgiu na internet com a intenção de democratizar o acesso a obras cinematográficas difíceis de serem encontradas no Brasil, seja em locadoras ou lojas de DVDs, por não terem sido lançadas traduzidas para a nossa língua ou por não possuírem apelo comercial.
Nesses pouco mais de 2 anos de existência o fórum cresceu muito além das nossas expectativas e hoje é possível dizer que somos uma referência no que diz respeito ao compartilhamento de filmes.
Claro que todo este crescimento se deve à dedicação dos membros e da equipe de moderação. Aproveito para agradecer a todos.
Entretanto este crescimento nos traz alguns problemas técnicos contra os quais temos que estar sempre trabalhando. Já trocamos de servidor algumas vezes, ficamos fora do ar em outras oportunidades e, ultimamente, temos sofrido com páginas em branco, não carregadas completamente e fórum fora do ar constantemente.
Isto acontece devido à quantidade de acessos simultâneos. Muita gente acessando o fórum ao mesmo tempo gera uma sobrecarga no nosso servidor e ele acaba não funcionando corretamente ou saindo do ar.
Após muita discussão e análise de diversas soluções propostas para resolvermos este problema, chegamos a um consenso e é ele que venho aqui anunciar para vocês.
No dia 23/10 puxamos da base de dados algumas estatísticas que serviram para dar embasamento à nossa decisão. São elas:
- Total de membros cadastrados: 48025
- Quantidade de membros que nunca postaram nada: 43316
- Quantidade de membros que já postaram ao menos uma vez: 4709
- Quantidade de membros que fizeram ao menos 10 posts: 3706
- Quantidade de membros que abriram algum tópico: 1493
- Quantidade de membros que postaram filmes: 472
- Quantidade de membros ativos nos últimos 30 dias: 7827
- Quantidade de membros que fizeram ao menos 1 post nos últimos 30 dias: 82
Com isso tudo, como já foi dito, a navegação pelo fórum é prejudicada. Já fomos alertados pela empresa que administra nosso servidor que nossa conta será suspensa caso este problema de consumo excessivo de hardware não seja solucionado. Como não temos interesse nenhum em partir para um servidor mais robusto, que aguente o tranco, devido aos altos valores que nós já pagamos mensalmente e que seriam aumentados (e muito) no caso de migração, tivemos que tomar algumas decisões, que são:
- O Making Off se tornará um fórum fechado
- Novos cadastros só serão permitidos mediante convites
- Os cadastros dos membros inativos serão devidamente deletados e eles não terão mais acesso ao fórum, a não ser que sejam convidados por outro membro
- Os membros receberão convites e poderão convidar outras pessoas
- Os convites serão distribuídos automaticamente, baseados em um critério que ainda está sendo discutido
Infelizmente alguns bons semeadores podem ter seus cadastros excluídos, mas não temos outra alternativa neste momento.
Um abraço,
Equipe Making Off
"Alma no vazio, deserto em expansão"
Para vocês terem uma idéia, eu sequer sabia constituir a diferença clara de até onde ia o efeito da obra sobre mim e até onde ia o meu efeito sobre ela. Por isso meu silêncio. Primeiro tudo foi sensório e nada racional, só depois teci minhas explicações, meus caminhos e tomei a alegoria da corrida como uma reflexão sobre a competitividade humana e a escolha e os custos do progresso positivista na civilização (ocidental?). Corrida dos engravatados, corrida das crianças sem ar, corrida dos homens. Meio megalomaníaco mesmo. E nesse processo de, num segundo momento, isolar Muro e descortiná-lo, me apeguei emocionalmente ao filme por ele me despertar para a idéia - que jamais me abandonou desde então - do tempo presente como uma convergência de distintos tempos em um só tempo, uma espécie de tempo disjuntivo, que revela a prepotência da humanidade ao se auto-registrar apenas pela ponta do desenvolvimento sem considerar a força histórica do atraso. Estamos na lua e ao mesmo tempo estamos em Conceição de Cima. Nem um, nem outro representam melhor nossos passos. Apenas ambos, unidos e sobrepostos, podem almejar isso. Sem dúvida, a maior beleza do filme – juntamente com o apuro técnico inquestionável – é a complexificação conceitual em detrimento da resolução do enigma que propõe – o que desnorteia as conversas meramente regionalistas ou deterministas, tira o chão de quem esperava o velho e besta cinema pernambucano, nos joga num vazio desolador, mas que logo se torna imensamente confortável. Não pela resposta fácil que se encerra após os créditos, não pelo grito que se esvazia em dois ou três dias, mas pelo contrário, pela ânsia de re-assistir que cria e que alimenta até conseguir saciar, pela difícil missão de em apenas dezoito minutos se erguer e se manter imponente como o completo oposto da indiferença. Penso muito nos ínumeros curtas que já não lembro mais e lembro de Muro, justamente o que não consigo esquecer. Alma no vazio, deserto em expansão.
terça-feira, 4 de novembro de 2008
Janela de Cinema anuncia selecionados para projeto
domingo, 26 de outubro de 2008
"se você não gosta de fantasia, aqui você vê... SUSPENSE"
O_O
Eu fico chocado, mas é aquela coisa né, se você não gosta de ficção, aqui você vê... COMÉDIA.
quinta-feira, 23 de outubro de 2008
Nome na testa
- Não sou uma pessoa, está no meu círculo de convivência, todos gostam de mim... Eu sou o Galo da Madrugada?
- Não. HAHAHAHAHAHAHAHAHHA
- Eu nem sei se sou um animal, um personagem... Eu sou o Mirabilândia?
- HAHHAHAHAHAHAHHAHAHAHA
terça-feira, 21 de outubro de 2008
domingo, 19 de outubro de 2008
Sem Barato
o/
sábado, 18 de outubro de 2008
Bigode Cultural
sexta-feira, 17 de outubro de 2008
Segundo Turno
Cobertura AO VIVO
Mas sério mesmo, fiquei impressionado como Datena criou uma narrativa louca em cima das imagens sem ter informação de campo e soltando comentários aleatórios para não perder o clímax do Ao Vivo. Até reviravoltas de dez em dez segundos ele criou só para prolongar o suspense e isso mesmo quando as imagens já estavam no repeat. É como se eu, daqui de casa, ficasse diante da televisão ligada, narrando em off o significado da sequência imagética em rede nacional, a partir de interpretações minhas, seguindo a bel prazer minhas intenções ficcionais, comerciais e sensacionalistas. Ficcionais, ok. As comerciais, no meu caso, nem existem, as sensacionalistas, eu tento disfarçar. Datena não se dá esse luxo. Só digo uma coisa: Lindemberg, meu filho, você sequestrou a pessoa errada. Daí mudei pra globo esperando algum suporte factual e, de novo, veio a sequência de expressões típicas do boato que por vezes se confunde com a prática jornalista, mas o mais impressionante foi o fato de um dos cinegrafistas - que estava no hospital onde as meninas foram levadas - ter colocado a câmera na janela da ambulância enquanto uma das garotas, que levou um tiro na cabeça, estava entubada e era atendida pelos médicos. Videodrome, videodrome. Depois quando chegou a segunda ambulância, deu pra perceber que quatro câmeras se aglomeravam na porta do veículo, como urubus e hienas na savana africana, só a espera dos enfermeiros abrirem com um corpo nos braços. Nem queria falar em ética, nem nada, porque ética hoje em dia se confunde vulgarmente com um conservadorismo que abomino, mas esse tipo de conduta, esse culto mórbido que une tragédia e intenções de consumo, que faz do jornalismo um caçador de cadáveres, sinceramente me enoja como pouca coisa no mundo.
Povo do meu Brasil, por favor, isso não é um filme do Cronenberg.
quarta-feira, 15 de outubro de 2008
Meditação
domingo, 12 de outubro de 2008
Crise
segunda-feira, 6 de outubro de 2008
Amor
quarta-feira, 1 de outubro de 2008
Projeto de Vida
quinta-feira, 25 de setembro de 2008
Há muito tempo, numa galáxia muito, muito distante...
quarta-feira, 24 de setembro de 2008
Horóscopo
acho que eu não volto pra casa essa semana.
medo de tu
Gabi
Rodrigo Almeida
Signo: Áries
Ascendente: Áries
Lua: Sagitário
Elemento: Fogo
Período do Trânsito:
Início: 22/09/2008 Fim: 25/09/2008
Título:
Marte em Quadratura com Ascendente natal
Resumo:
Período do Trânsito:
Início: 20/09/2008 Fim: 28/09/2008
Título:
Mercúrio em Quadratura com Ascendente natal
Resumo:
Com este aspecto, você terá apenas vontade de falar. Se pudesse, falaria sozinho. É claro que se houver pessoas ao seu redor será bem melhor. Mas, se por algum acaso não puder se expressar, isto vai ser um grande sofrimento para você. Outro problema será a diferença de opiniões. E como você estará mais interessado em suas próprias idéias do que nas dos outros, provavelmente as pessoas terão que chamar a sua atenção para que pare e se lembre de que não está falando sozinho. Tente espairecer a mente e não fique analisando todo o mundo. Se realmente quiser companhia para as suas conversas, não fique provocando os seus amigos. Use a sua vontade de desafiar para criar os seus projetos e desenvolver os caminhos para conseguir realizar a contento o que desejar.
terça-feira, 23 de setembro de 2008
Publicidade Infantil
Fiquei indignado me sentindo a própria Mari Pires.
domingo, 21 de setembro de 2008
Bêbados do Hall
- Mas peraí, de novo?
- É. É que agora quero responder no perfil 2.
sexta-feira, 19 de setembro de 2008
Coquetel Molotov
quinta-feira, 18 de setembro de 2008
I-doser
E provavelmente não só eu.
Interessados?
Vou pro multiplex, mas... ver o que?
quarta-feira, 17 de setembro de 2008
Jubilamento
A Coordenação
Nessa época, as eletivas funcionavam como um grande espaço de encontro e diálogo interno do curso de Comunicação Social, já que todos os alunos, de todas as habilitações, tinham uma puta variedade de opções de cadeiras para se matricular (e quando falo em opção, falo do poder de escolha entre uma ou outra). O que me parecia um avanço, afinal personalizar a própria grade a partir dos próprios interesses é no mínimo um grande passo dentro de uma instituição marcada pela lentidão nas mudanças (e uma tendência). As pessoas com alguma afinidade de diferentes períodos e habilitações terminavam fatalmente, pelo bem ou mal do futuro delas, se conhecendo naquele corredor quente. Hoje temos ar-condicionado nas salas e só a Copa Paulo Francis pra integrar o curso (e realmente, ambos funcionam). De qualquer forma, diferente dos que acreditam na universidade como o lugar formal de meramente adquirir conhecimento, acredito na universidade como o lugar de conhecer pessoas. E não posso me queixar: fiz grandes amigos por lá e o conhecimento veio de várias formas. Realmente tomei as eletivas, os encontros, a biblioteca, as cervejas como uma fuga - algo que valia a pena para compensar tudo que não valia, e terminei pagando muito mais cadeiras eletivas que o necessário. Sem contar as isoladas em Letras, Ciências Sociais e Artes Plásticas. Só que a possibilidade de traçar esse mesmo tipo de percurso mudou, infelizmente não vejo uma reação prática dos alunos e tenho medo dessa nova era de grandes mudanças para o pior.
Agora o que acontece é que as eletivas são, de forma ímplicita óbvio, 'impostas'. Engraçado que eu achava que o nome era auto-explicativo: talvez o colegiado não tenha se dado conta. Pois é, ao invés de um dia único com um mar de opções, temos eletivas nos mais diferentes e ingratos dias e horários, o que em primeira instância faz com que determinadas eletivas se encaixem no horário obrigatório de determinado período e consequentemente, se torne impossível para os outros períodos. Não há mais escolha, ou melhor, a escolha única é não pagar e passar o período sem eletivas. Eu particularmente via essa possibilidade como o inferno, porque se temos de passar quatro sofridos anos indo todo dia pro CAC, pelo menos que amenizemos a dor. As eletivas se tornaram obrigatórias e não são tateadas mais pelo interesse do alunato, mas pela casualidade de espaço na grade de horário. Resumindo, situação trash. E olhe que nem toquei no ponto da distância que se cria entre as habilitações com essa novidade, pois sempre pensei nessa questão como algo que deveria ser prioridade em se quebrar: o curso ainda é Comunicação Social, antes de ser jornalismo, publicidade e rádio/tv. Isso me lembra da história que Dacier, se não me falha a memória, contou certa vez sobre o motivo dos centros universitários da ufpe terem sido construídos distantes uns dos outros: o governo achou que isso faria com que alunos de diferentes cursos não pudessem se articular politicamente. Maria Luíza me remete a essa época e a esse tipo de pensamento arcaico: a professora simplesmente está desmantelando o já fragilizado curso da universidade federal de Pernambuco. E se tem alguém que precisa ser jubilado, urgentemente, nada mais justo que comecemos por ela.
sábado, 13 de setembro de 2008
Women Now
- Não sei como eu consegui ficar tão mal.
SPA das Artes
sexta-feira, 5 de setembro de 2008
O Cavaleiro Inexistente
Inri Cristo está com João da Costa /
e Jesus está com João da Costa /
Pastor Silas está com João da Costa /
e Deus está com João da Costa.
Eu só me pergunto uma coisa: e aonde está, João da Costa?
Espero que a armadura vazia ganhe logo no primeiro turno e pra isso tem de apelar mesmo para propaganda moderninha e jovem. Ninguém aguenta mais a cara de Jarbas dando conselhos e dizendo que acredita em Raul Henry. Isso é queima, não propaganda. Se bem que ser Cadoca já é queima. Deviam faz o horário dele só com animação. De qualquer forma, quero me isentar e torcer pelo Cavaleiro Inexistente, só para não ficar tentado a votar nele, fugindo do sorriso de Cadoca. Já Mendonça mais uma vez perde, fica deprimido e vai curar a derrota nas gringa.
quarta-feira, 3 de setembro de 2008
O Sétimo Continente (1989), de Michael Haneke
segunda-feira, 1 de setembro de 2008
Caseiro
- Foi boazinha. Só que a Catarina devia desistir dessa história de cantar.
Chaves e o Bigode
Ok, estilei, não sei se o bigode resiste a tanta humilhação.
sexta-feira, 29 de agosto de 2008
Ciclo de Filmes - Dissenso
É o seguinte: eu e mais um grupo de amigos, começamos a realizar reuniões semanais, às sextas-feiras pela manhã no auditório do PPGCOM, no intuito de repensar o gerenciamento do blog que apresentei como conclusão de curso no início do ano. Daí, se por um lado resolvemos optar por publicações trimestrais ao invés de atualizações arbitrárias; por outro, estabelecemos que, a cada reunião, um de nós levaria um filme, um tanto obscuro e sempre surpresa, para ser exibido. A única premissa compartilhada internamente no grupo era a de que as obras escolhidas não fossem facilmente encontradas em qualquer prateleira de locadora e, de preferência, que não tivessem comercialização oficial no país. Assim sendo, quase todos os filmes foram baixados na internet e projetados numa tela através de um datashow. Terminou que, em oito semanas, ficamos tão satisfeitos com as discussões e com a curadoria colaborativa, que resolvemos mudar de espaço e horário para melhorar as condições técnicas de som e imagem, quebrar a linha maçônica da exibição e torná-la totalmente pública. E é justamente por isso que comecei a escrever esse recado.
Daremos início ao segundo ciclo de exibições a partir da próxima terça feira (02 de setembro), no Mini-auditório 1, por volta das 17 horas. Todos estão convidados. Marquem este dia e horário na agenda, no Orkut, no celular, pois pretendemos ficar com ele até o final do semestre. E como já virou tradição, o filme é surpresa. Mas só para todos terem uma noção prévia de como ficou a curadoria do primeiro ciclo, as obras exibidas anteriormente foram: Bang Bang (Brasil, 1971), de Andrea Tonacci; Mal dos Trópicos (Tailândia, 2004), de Apichatpong Weerasethakul; tivemos uma sessão dupla com o curta O Homem Perfeito (Dinamarca, 1967), de Jørgen Leth seguido de As Cinco Obstruções (Dinamarca, 2003), de Jørgen Leth e Lars Von Trier; Você Não Está Sozinho (Dinamarca, 1978), de Ernst Johansen e Lasse Nielsen; Lodger (Inglaterra, 1926), de Alfred Hitchcock; Inverno de Sangue em Veneza (Inglaterra / Itália, 1973), de Nicolas Roeg; Millennium Mambo (Taiwan, 2001), de Hou Hsiao-hsien e Sukiyaki Western Django (Japão, 2007), de Takashi Miike. Por fim, gostaríamos de agradecer todo apoio dado inicialmente pelo PPGCOM (em especial toda disposição matinal de Zé da secretaria) e também o apoio dado pelas professoras Ângela Prysthon e Maria do Carmo Nino.
Compareçam.
Abraços,
Rodrigo Almeida
SERVIÇO:
Filme Surpresa
Segundo Ciclo de Filmes
A partir de terça Feira, 02 de setembro (sempre às 17:00)
Miniauditório 1* / CAC / UFPE
* O Miniauditório 1 fica no térreo do Centro de Artes de Comunicação (CAC). Ao entrarem no Centro e irem em direção à lanchonete, vocês pegam a primeira à direita, onde tem uma lojinha de livros, e já é nesse corredor estranho (do lado esquerdo).