Dois trechos retirados do Jornal do Commercio, numa matéria de Kléber, sobre a coletiva de Madonna no lançamento de primeiro filme, Filth and wisdom, no Festival de Berlim.
"Madonna disse que o filme seria originalmente um curta-metragem de 20 minutos, mas que o interesse e o amor pelos personagens fez expandi-los. Disse ser fã do cinema de Godard e um jornalista francês armou pergunta esperta, perguntando se ela pediu opiniões e auxílios a amigos cineastas, ou se ela teria embarcado nessa experiência “like a virgin”. “Não achei nem tão esperta assim sua pergunta” (para combater as gargalhadas que vieram segundos antes), e concluiu dizendo que pediu, sim, opiniões a amigos. “... Mas no final das contas, você entende que opinião é como cu, todo mundo tem um e lhe resta fazer você mesmo o que acha melhor”.
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"Ainda sobre idade, foi perguntada se hoje casada e com filhos, arrepende-se de visuais passados como o de Erotika, lembrado pelo próprio filme. “Eu não sei quem lhe falou que pessoas casadas e com filhos abandonam o sexo e o erotismo, a aura Erotika. Você é casado, meu filho?’”, devolveu para o jovem jornalista escandinavo, que respondeu: “Er... não, solteiro”. “Quando estiver casado, conversamos”, disse Madonna."
Quanto bom humor, Deus. Fiquei agora me perguntando como funcionam essas coletivas em grandes festivais de cinema, como são escolhidas as perguntas, porque geralmente quando os jornalistas brasileiros fazem referência à elas, sempre falam das perguntas e respostas dadas aos escandinavos, americanos, franceses... mas e aos brasileiros? O Luiz Carlos Merten e o Kléber Mendonça filho estão por lá... e realmente acho interessante que eles falem da coletiva como um todo, mas fico me perguntando quais foram as suas próprias perguntas... ou se realmente, por opção, só ficaram como observadores ocultos registrando o acontecimento, sem interesse no envolvimento. É uma dúvida.
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