Preciso cortar o cabelo e criar o costume de cortá-lo em intervalos de tempo menores; preciso fazer a barba ou apenas aprender a apará-la o bastante quanto quero, o bastante quanto tento e nunca consigo – não nego o gosto do ar ralo de meus pêlos, dessa tal mistura de inocência e sujeira bem vestida em minha face. Preciso pegar a minha carteira de reservista do exército o quão antes puder, fazer um novo passe fácil o quão antes puder e passar menos horas na internet sem fazer absolutamente nada. Preciso ir num dentista, num dermatologista, num endocrinologista. Preciso me matricular na academia e tentar manter o ritmo por alguns meses – algumas semanas, alguns dias, alguns números. Preciso engordar só um pouquinho e diminuir a masturbação intensiva; preciso abandonar a neurose da balança e ao menos fingir vigor no decorrer de meus dias.
Preciso ler mais e mais e ainda mais rápido. Preciso comprar (ou ganhar =P) uma gaita (e/ou uma flauta), aprender a tocá-las e tentar não desistir em uma semana – afinal quem nunca quis sair pululando no meio da grama abraçado aos seus próprios chiados? Preciso ver alguns filmes para a cadeira de cinema, comandada pela suposta noiva de Tarantino e continuar a ver outros filmes que vejo só para mim. Preciso ter prontas sobre minhas mãos antes do Natal, as camisas de ‘Lain’ e o sorriso irônico de Jim Morrison. Preciso ir à feirinha da Bom Jesus e espero realmente que os trapezistas de linhas ainda estejam presos no pequeno varal. Preciso deixar de ser refém do que escrevo, do que sonho nas noites insônes e do que penso sem ninguém saber. Preciso não me preocupar tanto com o que eu bebo, com o que fumo ou com o que beijo. E preciso mandar mais pessoas a merda, d-e-l-i-c-i-o-s-a-m-e-n-t-e.
Preciso prestar mais atenção nas aulas da universidade, tentar ser um pouco mais responsável e me dedicar ao espanhol – e não estou decidido se estou à procura de um estágio. Preciso estimular meu charme ainda que não saiba bem qual seja – talvez o melhor caminho seja mesmo descobri-lo. Talvez deixe pra mais tarde. Preciso comer mais frutas pela manhã e pela noite, tomar mais água o dia inteiro e dormir bem menos horas do que o habitual. Seria uma boa se pudéssemos adiar a preguiça. Preciso variar os meus dias, me libertar de uns típicos estigmas e colocar os sempre velhos discos novos para tocar. Na verdade, eu preciso pegar uns ônibus errados de vez em quando e me perder achando tudo muito lindo. Talvez eu precise apenas dos sorrisos não falsos e dos abraços mais fortes. Preciso das pessoas, das árvores que sempre estiveram por lá e do clima de interior no coração da cidade. Preciso das histórias bonitas e preciso começar. Realmente, pedras são ótimas.
Preciso ler mais e mais e ainda mais rápido. Preciso comprar (ou ganhar =P) uma gaita (e/ou uma flauta), aprender a tocá-las e tentar não desistir em uma semana – afinal quem nunca quis sair pululando no meio da grama abraçado aos seus próprios chiados? Preciso ver alguns filmes para a cadeira de cinema, comandada pela suposta noiva de Tarantino e continuar a ver outros filmes que vejo só para mim. Preciso ter prontas sobre minhas mãos antes do Natal, as camisas de ‘Lain’ e o sorriso irônico de Jim Morrison. Preciso ir à feirinha da Bom Jesus e espero realmente que os trapezistas de linhas ainda estejam presos no pequeno varal. Preciso deixar de ser refém do que escrevo, do que sonho nas noites insônes e do que penso sem ninguém saber. Preciso não me preocupar tanto com o que eu bebo, com o que fumo ou com o que beijo. E preciso mandar mais pessoas a merda, d-e-l-i-c-i-o-s-a-m-e-n-t-e.
Preciso prestar mais atenção nas aulas da universidade, tentar ser um pouco mais responsável e me dedicar ao espanhol – e não estou decidido se estou à procura de um estágio. Preciso estimular meu charme ainda que não saiba bem qual seja – talvez o melhor caminho seja mesmo descobri-lo. Talvez deixe pra mais tarde. Preciso comer mais frutas pela manhã e pela noite, tomar mais água o dia inteiro e dormir bem menos horas do que o habitual. Seria uma boa se pudéssemos adiar a preguiça. Preciso variar os meus dias, me libertar de uns típicos estigmas e colocar os sempre velhos discos novos para tocar. Na verdade, eu preciso pegar uns ônibus errados de vez em quando e me perder achando tudo muito lindo. Talvez eu precise apenas dos sorrisos não falsos e dos abraços mais fortes. Preciso das pessoas, das árvores que sempre estiveram por lá e do clima de interior no coração da cidade. Preciso das histórias bonitas e preciso começar. Realmente, pedras são ótimas.
4 comentários:
Também é preciso dar uma refreada na preguiça...
Bjo
Incrível como isso tudo parece tão ontem.
são as mudanças que agente quer quase sempre...acho que se tu escrevesse agora iria incluir um emprego bem pago! Abs. do amigo valicilento as vezes com as palavras.
Nunca mais tinha lido teu Blog.
Ler agora os teus posts recentes de textos antigos me deixou - sabe-se lá porque - er emocionado. Te imaginei com minha idade escrevendo essas coisas discretamente emo com a barba rala e com cara de estudante de jornalismo. Isso, por alguma razão misteriosa, me pareceu uma imagem bem bonita.
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