quinta-feira, 21 de abril de 2011

“Don’t fuck with the original”. Aplausos

(Publicado originalmente no Filmologia)

Enquanto levava um grande amigo para assistir Pânico 4, de Wes Craven (eu iria rever), ele comentou que tinha esquecido os óculos, disse com desdém que pouco importava, estar no clima e levar alguns sustos era o suficiente, não deveria ter muitos diálogos, só algumas facadas, sangue e berros na platéia. Não podíamos era esquecer de comprar a pipoca. Coloquei minha máscara. Perguntei muito sério se ele enxergava direito sem o acessório, se ele conseguia ‘ver’, ‘assistir’, percorrer os detalhes dos enquadramentos, reconhecer cartazes de filmes de terror ao fundo, respondeu que sim, sentiu o tom da seriedade como um bom amigo, o grau ocular era mínimo, o astigmatismo deixava apenas a vista cansada. Desconfiado do preconceito comum e procurando evitar a perda da piada, sondei o seu conhecimento sobre a Trilogia – ele conhecia – propus um rápido quiz – passou com 7,5 – senti-me levemente satisfeito com as respostas: lembrava que os filmes brincavam com as regras e clichês do terror enquanto gênero; recontou com detalhes um assassinato de cada uma das seqüências; sabia bem da mistura de slasher film com humor negro, que Dewey mancava e nunca acertava um tiro e que Gale era uma maravilhosa bitch. Bastava e antes do diagnóstico de psicopatia chegar pelo correio, tenho que dizer que Pânico 4 é uma daquelas sátiras que você, você-se-reconhecendo-enquanto-fã-e-até-encarnando-o-ghostface-se-for-preciso, quer que todos os seus amigos, conhecidos, semi-conhecidos, seguidores do twitter, stalkers e stalkeados, amigos não aceitos no facebook, com astigmatismo, miopia ou hipermetropia, simplesmente assistam e amem. Diferentemente da geração wikiquote, você estava lá em 1996.

Depois do enorme receio pelas últimas produções do cineasta americano, mais por Amaldiçoados (2005) e A Sétima Vítima (2010), menos pelo compacto e honesto Vôo Noturno (também 2005), impossível negar a sensação de desforra que acompanha Pânico 4: uma desforra do espectador com a última década de crise criativa do diretor, desforra com o mercado de terror controlado pelos remakes e com a geração que mitificou a lógica do torture porn em séries inacabáveis. O filme é provavelmente o mais jocoso e era preciso, chega a soar como se estivesse bajulando com suas sacadas o espectador-entendido ou os die-hard fans, contudo, há por trás das piadas, do ridículo, da brincadeira com o dispositivo, uma forte e sagaz intenção em esboçar um ‘estado das coisas’ do cinema contemporâneo usando do gênero preterido como parábola de reflexão. Se no final dos anos 90, as seqüências estavam em alta; a existência de boa parte condicionada pela bilheteria ao ponto de não sabermos direito se estávamos vendo o próprio filme ou um teaser do que viria a seguir, hoje o forte são as repetições, repetições, repetições que usam de jovens atores para – dementalmente – dar juventude aos clássicos. Uma contradição de conceito. Halloween, Texas Chainsaw, Dawn of the Dead, The Hills Have Eyes, The Last House on the Left, Amityville Horror, Black Christmas, House of Wax, Prom Night, My Bloody Valentine, Piranha 3D! Pânico 4 como uma obra-prima de paracinema seria a resposta mais óbvia.

O filme afirma a posição de Wes Craven como mestre do gênero ao desenvolver um balanço dos caminhos do sadismo e dos recursos ascendentes: ora os rejeita, ora os reaproveita deslocando o sentido, ora resgata outros esquecidos numa busca quase desesperada de se reinventar. As personagens seguem o mesmo caminho. Sidney lançou seu livro, Saindo da Escuridão, nada mais justo numa sociedade cujas angústias programadas são sanadas pelo consumo de livros de auto-ajuda, medicamentos, terapias, antidepressivos, religiões orientais. Gale abandonou sua profissão para viver na cidade pequena de Woodsboro com Dewey – o marido de cidade pequena –, abandonou seu sensacionalismo pela ficção, só que não tem idéia sobre o que escrever. Num olhar brevemente retrospectivo, o diretor Wes Craven e o roteirista Kevin Williamson parecem brindar sobre si mesmos, derrubar o champagne inteiro no corpo, perpetuando o auge do encontro entre o criador de A Hora do Pesadelo com o de Dawson’s Creek. O filme não apenas revela uma paisagem cinematográfica, revela-se observador e observado, acompanhamos uma progressão no tempo que nos permite ver o pintor pintando a paisagem anterior e não só isso: vemos o pintor pintando o pintor pintando a paisagem e assim sucessivamente até termos dois espelhos frente-a-frente. Pânico 4 quanto mais camadas desbrava, se aproxima enquanto se afasta, todas as relações são permitidas, a metalinguagem de 1996 vira um punctum da meta-meta-metalinguagem de 2011. Esse propósito é posto a prova e bingo, a teimosia valeu, valeu mesmo, continua funcionando muito bem. Wes Craven é o pós-moderno que faz seu filme à moda antiga.

Há um claro investimento no que a série tem de melhor: um assassino ou assassina ou ambos ou não fantasmagórico envolto de vítimas ou sobreviventes que não perdem a piada, especialmente se ela for sobre a própria franquia. Num tempo em que os bordões aparecem e somem tão rapidamente como se nunca tivessem existido, Pânico 4 vem para nos munir de frases ótimas para quando formos brincar com os nossos colegas de nostálgica e recente cinefilia: “sick is new sane”, “the unexpected is the new clichê”, “one generation’s tragedy is the next one’s joke” e a frase que nasceu diretamente para habitar o panteão dos clássicos: “you forgot the number one rule about remakes: don’t fuck with the original”. O fato de toda nova geração de atores serem saídos de seriados (Heroes, Jericho, The OC, 90210, Gossip Girl, True Blood, Community, Mad Men, Unfabulous), alguns outros serem resgatados do pastelão Todo Mundo em Pânico não me parece apenas uma coincidência (ou me permita à paranóia da metalinguagem): Craven usa do mesmo princípio de casting que movimenta as releituras para dar um gás ao seu ready-made. Ao se desenvolver em inúmeras camadas, Pânico 4 pode ser vislumbrado como um filme pronto, um filme na sala de montagem e um filme que poderá ou poderia ser (boa parte das fotos de divulgação são de cenas que não existem), como se os autores estivessem compartilhando o processo criativo, decidindo a versão-final na frente da platéia. Nada mais justo numa sociedade onde tudo precisa ser visto, não basta saber, é preciso ver, jogar na internet, escavar morbidamente o mais profundo possível: um indivíduo entrou e matou doze crianças, é preciso ver as imagens do sistema interno, revisitar as salas de aula, se aproximar das marcas de sangue, escutar as sobreviventes tremilicando na frente das câmeras. Quando o assassino ou assassina ou ambos ou não comenta perto do fim de Pânico 4 que hoje em dia todo mundo se expõe na internet e que todo mundo é desinteressante com suas fotos e frases de efeito, não basta simplesmente aparecer para se tornar famosa, aparecer todos aparecem, é preciso sobreviver a alguma coisa muito, muito ruim. Errado. Morrer ou sobreviver já não faz diferença.

domingo, 3 de abril de 2011

Notas sobre Craven

(Publicado originalmente no Filmologia)

Wes Craven é um daqueles diretores que, com a mesma intensidade passageira, pode nos agraciar com uma produção genial ou constrangedora: Aniversário Macabro, A Hora do Pesadelo e a Trilogia Pânico mantêm seus status inabaláveis na primeira categoria, enquanto Amaldiçoados (EUA, 2005) encabeça sem discussão a segunda. A tentativa de recriar ou atualizar o imaginário dos filmes de lobisomem, utilizando do humor incontestável da dupla Williamson-Craven, não consolida uma condução ou condição inovadora, como fez em obras anteriores, lançando apenas jovens bons atores (Cristina Ricci, Jason Eisenberg, Joshua Jackson) nos velhos clichês do segmento. Claro que o filme contém bons momentos, especialmente até pouco depois da batida de carro que ocasiona a contaminação dos protagonistas, existindo uma obscura intenção em diversificar as origens da ameaça que espreita para além da obviedade dos licantropos. Depois o ritmo vai caindo gradativamente, a narrativa fraca não encontra suporte nos diálogos pretensamente descolados, a câmera vai abdicando até se cansar, o que ao menos funciona como uma documentação dos problemas de produção enfrentados pelo filme. Quase metade das cenas tiveram de ser refilmadas por conta de mudanças no elenco, o que ocasionou revisões e mais revisões no roteiro e um atraso de mais de um ano no lançamento da versão-final. Seja como for, os contos de lobisomem sempre soaram inofensivos, a própria gênese da criatura nunca despertou uma complexidade estética como nas obras protagonizadas por vampiros ou política nas protagonizadas por zumbis (e vice-versa). Sem contar que os efeitos especiais são, de maneira recorrente, de uma artificialidade tosca. Wes Craven continua fazendo seus filmes de terror para adolescentes, só que na última década parece esperar menos de seu público, subestima, mastiga, explica excessivamente: termina não contemplando nem sua prioridade contemporânea, para não admitir sua própria idade, é natural que os jovens pareçam mais idiotas, menos ainda os nostálgicos adolescentes das décadas anteriores.

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Dizer que o curta de Wes Craven não é o pior de Paris, Eu te Amo (2006) realmente está muito longe de ser um elogio: o projeto que procurava homenagear a cidade-luz acabou se transformando num daqueles cavalos-de-tróia enormes, em que a homenageada termina na sarjeta enxugando lágrimas falsas. Talvez esteja sendo injusto com um ou dois cineastas, uma ou duas produções, mas admitindo uma carga de grosseria, só existem três trechos realmente bons: o dirigido pelos Irmãos Coen, o por Gus Van Sant e, talvez seja complacência, o por Walter Salles / Daniela Thomas. Infelizmente não é o caso de comentá-los. O caso é Pére-Lachaise, de Wes Craven e aviso de antemão que está no grupo dos piores. O título é uma referência a um dos cemitérios mais famosos do mundo, local onde estão enterrados três de cinco grandes intelectuais do Ocidente, cenário que pertence a um largo imaginário coletivo, cinematográfico ou não. É também onde se passa a trama de fim e reconciliação de um casal: a mulher quer visitar a lápide de Oscar Wilde, o homem acha uma bobeira, eles caminham juntos, ele é insensível, ela decide não se casar por ele ser incapaz de fazê-la rir, ele encontra a alma do escritor britânico (“a pior morte é a do coração…”), corre para se desculpar com palavras bonitas e o final feliz estampa a tela. A proposta beira a mediocridade de tal forma que até pode sugerir que Craven está falando sobre si mesmo, sobre uma crise criativa, sobre sua recém incapacidade de fazer seus espectadores rirem com seus filmes. O mestre do horror não poderia escolher outro lugar além de um cemitério no intuito de se inspirar. Um amigo que estava na França vivendo um sentimento de exílio como se fosse um filho da ditadura, mesmo que não passasse de uma viagem de férias – isso me parece engraçado – sentava horas na frente do computador. Eu costumava reclamar por ele não sair por aí e conhecer Paris, ele respondia cândido que tinha visitado a lápide de Jim Morisson três vezes na última semana, descrevia as belezas de Pére-Lachaise e dizia que isso lhe bastava. Toda minha curiosidade dessas conversas desapareceu. E se no filme, o diretor norte-americano recorre ao espírito de Oscar Wilde, talvez tenha conseguido estimular uma morbidez extra-diegética da minha parte: imagino os vermes e os cadáveres de vermes se revirando na cova.

sábado, 2 de abril de 2011

Pânico 2 (EUA, 1997), de Wes Craven


(Publicado originalmente no Filmologia)

Não são poucos os jovens cinéfilos, hoje admiradores de Sokurov, Béla Tarr, Jia Zhang-Ke, Suleiman, Pedro Costa, cuja formação cinematográfica é marcada a fundo pela Trilogia Pânico, assinalando a premissa de que o cinema comercial pode impulsionar uma conjunção entre seriedade e diletantismo sem traçar necessariamente uma brusca dicotomia. Os filmes escritos por Kevin Williamson e dirigidos por Wes Craven fundem de maneira astuta humor e terror, sátira, sarcasmo e sustos, e, durante seus respectivos lançamentos, atuaram principalmente no despertar do olhar crítico de um público pré-adolescente e adolescente, na época em que todos usavam camisas três números acima, pelas conexões estabelecidas com outros filmes, atinando para a capacidade da ‘cultura pop’ em apontar, ironizar e homenagear a si mesma – característica marcante de inúmeros seriados norte-americanos. Os diálogos das três produções carregam uma sutil competência só apreendida pelo espectador que possua uma mínima intimidade com o universo audiovisual em questão, se divirta com a imprensa de aspecto carrasco e sensacionalista caricaturada ao extremo por Gale Weathers ou conheça ao menos um dos títulos que deram a Jamie Lee Curtis, no início da década de 80, o emblema de Scream Queen. ‘Entender a piada’ sempre foi um dos fracos da vã glória adolescente de ganhar. Aliás, o próprio princípio dos assassinatos esclarece a moral da história: se você não sabe nada sobre filmes de terror, você morre. Na Trilogia Pânico é necessário ser cinéfilo para sobreviver.

Alguns dos sobreviventes assistiram ao primeiro Pânico (1996) poucos meses antes da estréia da seqüência; estavam no final daqueles benditos anos de busca por todos os filmes de terror das prateleiras, aproveitando um resquício de medo infantil pronto a ser superado. Trata-se do mesmo momento em que alugavam vários VHS de uma vez, juntavam os amigos da rua numa casa sem adultos para se entupirem de refrigerante e pipoca em meio a uma competição de berros. Nesse contexto, Pânico era uma sensação: Wes Craven não só alcançou o mainstream, como conseguiu fabular uma dessas produções que provocam uma epidemia de cópias, você assiste todas, sabe o que aconteceu no verão passado, no retrasado, decora todas as lendas urbanas, passa pela prova final, mas espera verdadeiramente a seqüência do original. Eis que meses depois estreou Pânico 2. Parte dos mesmos jovens foi ao cinema, burlou a censura da idade (14 anos), viveu a tensão do filme mesclada a de ser descoberto, encontrou dezenas de fanáticos com máscaras do ghost face na platéia. Se considerarmos que em toda trajetória artística, a metalinguagem é concebida como um momento de maturidade tanto para quem produz como para quem observa, talvez os que observaram admitiriam não ter vivido semelhante experiência metalingüística antes da citada sessão. A sala que assistia Pânico 2 se assemelhava a da cena inicial do filme, em que um casal vai assistir A Punhalada (Stab), filme-dentro-do-filme baseado nos eventos ocorridos no primeiro Pânico. A euforia confluindo gritos e risadas, um autêntico gozo coletivo, esboçava uma ligação umbilical: a atriz de Stab fica nua, a platéia dentro do filme urra, a sala de cinema acompanha. A diferença é que aqui fora ninguém morreu antes dos créditos finais.

Em Pânico 2, as piadas continuam afiadas, o casal caminha para a sala de cinema, ele se vangloria por ter ganho os ingressos, ela diz que não gosta de filmes de terror, argumenta que do outro lado está em cartaz uma aventura com a Sandra Bullock. Ele prontamente responde: “Nobody wanna pay U$ 7,50 to see some Sandra Bullock shit”. Uma das diferenças básicas da sequência é a ampla aposta no rol de piadas ou referências não apenas a outros filmes de todas as épocas, até Nosferatu entra no circuito ou brincadeiras com os clichês do gênero (“eu sei o que acontece com os negros nesses filmes”), mas no diálogo imbricado com o próprio Pânico predecessor. Temos a continuidade de piadas: Sidney comenta no primeiro que se sua história virasse um filme, do jeito que ela é azarada provavelmente seria interpretada por Tori Spelling. No segundo, aparece Tori Spelling dando entrevista sobre Stab onde interpreta Sidney. Randy, o nerd viciado em filmes de terror, olha a TV e solta com desprezo: “ah, vou esperar o vídeo”. Sempre temos de respeitar quem consegue fazer piadas sobre si mesmo. Além disso, as cenas de A Punhalada – supostamente dirigidas por Robert Rodriguez – não apenas servem ao contexto do segundo filme, como redimensionam qualquer tentativa de retorno ao original. Pânico não é o mesmo depois de Pânico 2: a estrutura como se apontam estimula as possibilidades do olhar diante das possibilidades da narrativa. A mídia sensacionalista presente no primeiro, agora se multiplica, se no original surgiam perguntas geniais como “Sidney, qual a sensação de ser quase brutalmente assassinada? As pessoas querem saber. Elas precisam saber!”, no segundo a jornalista-símbolo é sarcasticamente interrogada: “Gale, como você se sente do outro lado da notícia?”. Sidney já não é a virgem indefesa, tem um novo cabelo, sempre que sorri invariavelmente soa um tanto creepy, sem contar que suas vitórias sobre os assassinos sempre são baseadas em doses de terror. E temos que admitir: é muito bom quando ela dá aquela bofetada na cara de Gale Weathers.

Em termos comparativos, o filme pode ser até mais fraco que o primeiro; de fato não acumula momentos tão inspirados como a morte de Drew Barrymore, porém, até a inferioridade se justifica quase como se fizesse parte do princípio narrativo: numa sala de aula, alunos de cinema travam a velha discussão sobre a recorrência de seqüências serem piores que os originais. Cenas depois, o assassino sem roupa de ghost face comenta que existem os casos de seqüências superiores. Cita O Império Contra-Ataca (1980). Parece defender o próprio filme. O nerd replica: “trilogias não contam”. As regras são novamente explicadas: 1. nas seqüências, o número de cadáveres é sempre maior. 2. As mortes são mais elaboradas e sangrentas. Se no primeiro filme, a existência do celular nos chama a atenção por ser um objeto essencial no desenvolvimento de toda trama, no segundo não deixamos de lado o comentário sobre o local em que os assassinos se conheceram: num ‘website’ de psicopatas. 97 no país inteiro. Uma regra não comentada é como seqüências são bem conhecidas por seus finais: no caso de Pânico 2, quando ambos culpados estão mortos, os mocinhos se perguntam: ‘Ele está morto?’. Respondem: ‘Acho que não, eles nunca morrem’. Perguntam novamente: Ele está morto? Respondem ‘Acho que sim’. O assassino se levanta, leva vários tiros e finalmente morre. Cena irmã do final original, só que desta vez, Sidney vira para o segundo, cuja motivação de matar era ‘boa e oldfashion’, e comenta que eles sempre terminam voltando. Então dá um tiro na testa, “just in case”. Seja como for, a principal regra das seqüências é que as regras do original podem ser subvertidas, ou seja, em Pânico 2 ser cinéfilo já não é condição sine qua non para se salvar.