Até hoje quando deito na cama e vou dormir, a primeira coisa que faço é cobrir meu corpo com o lençol até o pescoço, deixando apenas a cabeça e os pés de fora e faço isso desde os seis anos, época em que o lençol carregava uma carga de segurança, pois acreditava que se um assassino entrasse no meu quarto enquanto eu estivesse dormindo, o dito cujo iria imaginar que alguém tinha chegado antes, me esquartejado e levado o tronco. Pois é, sou vítima da especulação mórbida desde bem miúdo.