terça-feira, 18 de março de 2003

Mexericos

diante das janelas,
sem vista,
contínuas,

olhando nuvens,
sem chuva,
antigas,

imagino um lago,
imagino um rio,
imagino um mar, 
sem peixes,
macios.

nego calçadas,
sem cadeiras
e sem fofoca.

nego a praça,
sem conversa,
sororoca.

as ruas,
as pontes,
as linhas,
sem pessoas,
estão mortas.

e o pior: ninguém quis pular corda

terça-feira, 4 de março de 2003

.

Nunca neguei o prazer de inventar mistérios só para depois destruí-los.

(e não desvendá-los).