segunda-feira, 26 de abril de 2010

Antecedentes

Antes que me entendam errado ou apareça algum frígido historiador da arte com uma palmatória em mãos, não quis comentar sobre o londrino Carl Warner com a intenção de colocá-lo como pioneiro de qualquer coisa, apenas procurei reconhecer um trabalho que me desperta interesse. Aliás, aviso de antemão que essa busca das origens é demasiada estéril desde Darwin, realmente não é do meu feitio embarcar nessa, quase sempre que alguém começa uma frase com 'a primeira vez que' termina se equivocando antes do final. Seja como for, a título de conexão entre artistas e curiosidade própria, não mórbida, decidi pesquisar um pouco mais sobre o uso de alimentos nas artes plásticas em outros séculos e encontrei uma figura reluzente: o maneirista italiano do século XVI, Giuseppe Arcimboldo. Como a maioria dos artistas, inicialmente Arcimboldo pintava quadros que pouco se diferenciavam dos tantos outros realizados no mesmo período, sequer é possível detectar uma marca, contudo, após se alocar em cortes cujo o culto ao exótico estava em alta como a de Praga e de ser bancado por mecenas extravangantes como Rudolph II, passou a investir numa pesquisa mais liberta fortemente influenciada pelo ocultismo e pela cultura druida. Desde então, começou a usar, em suas séries, ramos, animais, flores, frutas, folhas e texturas de determinadas estações para criar alegorias de rostos humanos ou sínteses animalescas dos elementos da natureza.

Primavera



Verão


Outono


Inverno


Todas as estações em uma só



Terra


Fogo


Ar


Água

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