Acredito que minha criação, desnaturalização e transgressão nunca foram acompanhadas, menos ainda pautadas, pelo justo (e pueril) sentimento de culpa, no entanto, desde que senti o peso da argumentação ainda criança, desde que fui grosso com uma vizinha arrogante, xinguei a coordenadora do colégio ou que tive de discutir com minha mãe por ela ter lido, sem permissão, linhas não tão carinhosas em meus cadernos, tenho um pequeno receio dos momentos em que as palavras me escapam: seja na ocasião em que elas explodem para fora e geram um campo de batalha, seja quando as isolo num mar distante dentro de uma garrafa.
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