sábado, 12 de abril de 2003

Pérfido

Foi das poças de lama que tiraste as folhas secas
E reviveste de fulgor o fio de tua ira.
Foi da noite, nunca esqueças,
Que nascera o mais belo dos teus filhos.
Foi do seio de uma loba
Que rasgaste o véu que encobria a tua face.

Não cansas de fluir o tango que carrega em mãos
E os corpos que se esvaem em mil.

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