O canal Planeta Bizarro do G1 é um simples sinal de como o capitalismo é capaz de incorporar, racionalizar e, claro, capitalizar qualquer lampejo de espontaneidade e anarquia ao desenvolver um segmento de matérias cujo norte é idêntico ao das reunidas na comunidade do orkut, 'Anão vestido de palhaço mata 8'.
segunda-feira, 30 de março de 2009
Trote
Nem ainda chegou o dia da mentira e já recebi uma ligação daquelas que meus amigos adoram. Eu acordei hoje pensando em colocar crédito no meu celular, basicamente porque precisava ligar para uma amiga e não podia surrupiar o celular da minha mãe como geralmente faço. Daí vi uma mensagem recebida, jurei que era alguma bomba matinal de Faltay, mas, na verdade, era um recado da claro, avisando que tinha chegado R$ 5,00 de crédito. Meu mau humor foi embora e realmente botei na cabeça que o cosmos tava do meu lado: o que soou ótimo levando em conta que tinha acabado de acordar com o barulho de portas alheias batendo e que era uma típica segunda de manhã. Fiquei macucando por três segundos se teria sido minha mãe ou engano de algum zé bocó. Decidi não pensar. Passou o dia, usei meu fogão novo pela primeira vez, comi decentemente, dormi, li Gramsci, olhei verbetes do Dicionário de Política de Bobbio, roubei internet do wireless do vizinho, recebi amigos em casa, daí toca meu celular. Número estranho. Atendo. A cobrar. Desligo. Coloco na pauta da sala de estar: número estranho, a cobrar, ligo de volta? Juliana sugere que eu ligue, escute a voz do destinatério e desligue. Me vem a cabeça que muito provavelmente era o cara que botou o crédito errado querendo me cobrar. Todos me chamam de paranóico sem noção. Decido ligar afinal sempre ligo a cobrar pro povo de forma que fazer uma ligação às cegas uma vez na vida não mata ninguém, além de que em algum lugar queria provar que não era um paranóico sem noção. Ligo. Escuto a voz de, acho eu, um senhor de idade, com certeza meio nervoso: "e chegou R$ 5,00 aí foi?". Claramente nunca escutei aquela voz antes. Desligo. Comunico que a paranóia venceu. Entro em pânico. Meu celular toca. Não sei o que fazer. Desligo. Seria trote de Fábio Leal? O celular toca de novo. Desligo. O celular não para de tocar. Fico louco. Alguém dá a sugestão de eu desligar tal número para sempre. Peso na consciência versus falta de coragem, diabinhos e anjinhos pulando na sala, desliga pra sempre, nunca atende, peraí, é só cinco reais. Mando uma mensagem: "amanhã coloco R$ 5 picas no teu cu. Perdeu playboy". Mentira. A mensagem era: "amanhã coloco cinco reais para você. Valeu". Feita a boa ação, não sei se coloco ou deixo passar. Sinceramente me pergunto se isso acontece por aí das pessoas botarem crédito errado e depois ligarem pro número errado pra cobrar o crédito errado. Já ouvi gente que recebeu crédito e ficou por isso, afinal se a pessoa confundiu o número, deveria depois não conseguir lembrar do número confundido: até porque, ok, os quatro primeiros dígitos eram iguais, mas os quatro últimos não tinham nada a ver. Ah, sei lá. Cansei de pensar sobre isso. Só sei que a moral da história é que eu claramente tenho problemas sérios em falar com pessoas que não conheço, o que me faz um alvo fácil de trotes de todos os tipos. Pois é, não devo ter digerido bem aquele velho conselho materno de não falar com estranhos.
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Crônicas
sexta-feira, 27 de março de 2009
Aliança exibe filme de Cantet
O Cineclube da Aliança Francesa do Derby exibe hoje, às 19h, em DVD, o filme Ressource humaines, dirigido pelo francês Laurent Cantet (em cartaz no Cinema da Fundação com Entre os muros da escola). Após a exibição do filme, que tem legendas em português, haverá um debate no Auditório André Malraux com a participação dos cinéfilos Luiz Fernando Moura e Rodrigo Almeida. A entrada é gratuita. A Aliança Francesa fica na Rua Amaro Bezerra, 466, Derby.
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Clipping
segunda-feira, 23 de março de 2009
UFPE
"Por que não exercem em nosso país aquela influência de reguladoras da vida cultural que exercem em outros países? Um dos motivos deve ser buscado no seguinte: nas universidades, o contato entre professores e estudantes não é organizado. O professor ensina, de sua cátedra, à massa dos ouvintes, isto é, dá a sua lição e vai embora. Tão-somente na época da apresentação da tese é que o estudante se aproxima do professor, pede-lhe um tema e conselhos específicos sobre o método da pesquisa científica. Para a massa dos estudantes, os cursos não são mais do que uma série de conferências, ouvidas com maior ou menor atenção, todas ou apenas uma parte: o estudante confia nas apostilas, na obra que o próprio professor escreveu sobre a matéria ou na bibliografia que indicou. Existe um maior contato entre os professores individuais e estudantes individuais que pretendem se especializar numa determinada disciplina: este contato se estabelece, no mais das vezes, casualmente, e possui uma imensa importância para a continuidade acadêmica e para o destino das várias disciplinas. Ele se estabelece, por exemplo, graças a causas religiosas, políticas, de amizade familiar. Um estudante torna-se assíduo de um professor, que o encontra na biblioteca, convida-o para casa, aconselha-lhe livros para ler e pesquisas a tentar. Cada professor tende a formar uma "escola" própria, tem seus pontos de vista determinados (chamados de "teorias") sobre determinadas partes de sua ciência, que gostaria de ver defendidos por "seus seguidores ou discípulos". Cada professor pretende que, de sua universidade, em concorrência com as outras, saiam jovens"distinguidos"que dêem sérias"contribuições" à sua ciência. Por isso, na própria faculdade, existe concorrência entre professores de matérias afins na disputa de alguns jovens que já se tenham distinguido por causa de uma recensão, de um artiguinho ou em discussões escolares (onde elas são realizadas). Neste caso, o professor realmente guia o seu aluno; indica-lhe um tema, aconselha-o no desenvolvimento, facilita-lhe as pesquisas, mediante suas conversas assíduas acelera a formação científica dele, faz-lhe publicar os primeiros ensaios nas revistas especializadas, coloca-o em contato com outros especialistas e se apodera dele definitivamente. Este costume, salvo casos esporádicos de igrejinhas, é benéfico, pois completa a função das universidades. Deveria deixar de ser fato pessoal, iniciativa pessoal, para se tomar função orgânica: não sei até que ponto, mas parece-me que os seminários de tipo alemão representam esta função ou buscam desenvolvê-la. Em torno de certos professores, há uma disputa de pessoas que aspiram atingir mais facilmente uma cátedra universitária. Muitos jovens, pelo contrário, particularmente os que vêm dos liceus provincianos, são marginalizados tanto no ambiente social universitário quanto no ambiente de estudo. Os primeiros seis meses do curso servem para uma orientação sobre o caráter específico dos estudos universitários, e a timidez nas relações pessoais nunca deixa de existir entre professor e aluno. Nos seminários, tal coisa não se verificaria, ou pelo menos não na mesma medida. De qualquer modo, esta estrutura geral da vida universitária não cria, já na universidade, nenhuma hierarquia intelectual permanente entre professores e massa de estudantes: após a universidade, mesmo aquelas escassas ligações se relaxam e, em nosso país, inexiste qualquer estrutura cultural que se apóie sobre a universidade. Foi este um dos elementos que determinou a sorteda dupla Croce-Gentile, antes da guerra, na constituição de um grande centro de vida intelectual nacional; entre outras coisas, eles lutavam também contra a insuficiencia da vida universitária e contra a mediocridade científica e pedagógica (e mesmo moral, por vezes) dos professores oficiais".
Antônio Gramsci, Os Intelectuais e a Organização da Cultura, Pag. 146/147.
Antônio Gramsci, Os Intelectuais e a Organização da Cultura, Pag. 146/147.
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Apuds
Azar
Acho que sentimos o peso da urucubaca, quando uma situação constrangedora - daquelas que podemos passar a vida inteira sem ter de passar por - acontece duas vezes em uma única semana. E que tal quando acontece duas vezes em três dias para ser mais exato? No meu caso foram as notas falsas. Sexta-feira, fiz um saque no Banco do Brasil, fui ao passe fácil e quando pedi para a mulher colocar R$ 18, ela informou que minha nota de R$ 20 era falsa. Na verdade, ela disse que nem era falsa, disse que não podia aceitar porque estava 'arranhada demais'. Tentei argumentar, afinal tinha acabado de retirar a maldita nota de um caixa eletrônico. A mulher foi tudo, menos solícita soltando no meio da minha fala: "senhor, você está atrapalhando a fila. Próximo". Fiquei puto com aquela vontade de dar um golpe no mundo que só me acontece duas ou três vezes no ano. Daí como estava sem disposição de ir numa agência fazer a troca e armar barraco pelos transtornos, segui o conselho de uma velhinha que ouviu todo meu drama e passei a nota adiante, numa farmácia do governo, comprando um tylenol. A dica da velhinha foi providencial. Voltei ao passe fácil, pensei em ser atendido pela mesma moça, pensei em encher a fala de arrogância, fui atendido por outra, nada demais aconteceu e enchi meu cartão.
Daí hoje, morrendo de fome, por volta das 14 e tantas, fui almoçar perto de casa. Ao final da refeição, tento pagar no cartão, a máquina meio que dá pau, termino pagando com uma nota de R$ 20 e recebo no troco, além de outras notas e algumas moedas, uma nota de R$ 10. Vou direto em um posto de gasolina, peço para o cara colocar R$ 5 - hahaha - e na hora de pagar dou a nota de R$ 10 que tinha acabado de pegar. Adivinhem? Pois é, a porra da nota era falsa. Fiquei muito puto, além de obviamente constrangido, afinal o frentista ficou olhando pra minha cara como se eu fosse golpista do dia. Meio "quer café?", mas arquitetanto "vou chamar a polícia". Graças a Deus eu tinha outra nota e não estava de bigode. Voltei no restaurante pronto pra armar barraco quando, ao explicar a situação, o cara pegou a nota e quis me fazer acreditar que era verdadeira. Pior nem é o argumento, mas o fato de que se você parasse um segundo e olhasse pra nota dava pra perceber que ela era totalmente falsa. Era gritante pela qualidade tosca do papel e por como estavam lavadas as imagens. Quase uma nota do Banco Imobiliário ou do Jogo da Vida. Daí quando já ia começar a confusão, chegou o dono do estabelecimento, apaziguou geral o clima ruim, soltou piadas e um peido, verificou a nota com a maior carinha de juiz e rapidinho a trocou por outra. Com o rosto um tanto rubro, pediu perdão. Definitivamente só posso ter um mínimo apreço por senhoras espertas e com dicas na manga e por senhores dignos e de honestidade intocável. O resto é merda.
Daí hoje, morrendo de fome, por volta das 14 e tantas, fui almoçar perto de casa. Ao final da refeição, tento pagar no cartão, a máquina meio que dá pau, termino pagando com uma nota de R$ 20 e recebo no troco, além de outras notas e algumas moedas, uma nota de R$ 10. Vou direto em um posto de gasolina, peço para o cara colocar R$ 5 - hahaha - e na hora de pagar dou a nota de R$ 10 que tinha acabado de pegar. Adivinhem? Pois é, a porra da nota era falsa. Fiquei muito puto, além de obviamente constrangido, afinal o frentista ficou olhando pra minha cara como se eu fosse golpista do dia. Meio "quer café?", mas arquitetanto "vou chamar a polícia". Graças a Deus eu tinha outra nota e não estava de bigode. Voltei no restaurante pronto pra armar barraco quando, ao explicar a situação, o cara pegou a nota e quis me fazer acreditar que era verdadeira. Pior nem é o argumento, mas o fato de que se você parasse um segundo e olhasse pra nota dava pra perceber que ela era totalmente falsa. Era gritante pela qualidade tosca do papel e por como estavam lavadas as imagens. Quase uma nota do Banco Imobiliário ou do Jogo da Vida. Daí quando já ia começar a confusão, chegou o dono do estabelecimento, apaziguou geral o clima ruim, soltou piadas e um peido, verificou a nota com a maior carinha de juiz e rapidinho a trocou por outra. Com o rosto um tanto rubro, pediu perdão. Definitivamente só posso ter um mínimo apreço por senhoras espertas e com dicas na manga e por senhores dignos e de honestidade intocável. O resto é merda.
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Crônicas
sexta-feira, 20 de março de 2009
Devaneio acadêmico
Daí vocês todos estão sabendo que está rolando uma disciplina no curso de cinema, ministrada por Paulo Cunha, que se chama 'Cinema e Revolução: o caso Eisenstein'. O melhor é que, por acaso, num papel afixado na secretaria com todas as cadeiras do semestre, saiu escrito 'o caso Einstein' - e nada mais divertido que os erros de digitação na geração de trocadilhos engraçados. Como já faz tempo que não tenho mais saco para a escadaria de Odessa e olhe que já fui piradão pelos cineastas soviéticos da década de 20, fiquei pensando que se em algum hipotético dia, decidisse seguir carreira acadêmica e tivesse de ministrar uma disciplina nessa linha, provavelmente iria chamá-la de 'Cinema e Revolução: o caso George Lucas'.
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Cinema
Morbidez
Talvez eu até seja careta, mas a coisa mais absurda que vi nos últimos tempos, de me chocar e me deixar puto da vida, foi ver uma entrevista que saiu no caderno de Cidades do Jornal do Commercio (no último dia 17) com um cara de 23 anos que perdeu a esposa, um filho, o irmão e um sobrinho num acidente de automóvel. Repetindo, a esposa, um filho, o irmão e um sobrinho. Ele acompanhava, de moto, o carro onde ia a família quando o carro bateu de frente num caminhão. Agora sério mesmo, como alguém, jornalista, não-jornalista - a matéria saiu sem assinatura - tem a capacidade (leia-se cara-de-pau) de chegar para um cara desse, enquanto ele está na porra do IML esperando a liberação dos corpos, e perguntar coisas do tipo:
JC – Você viu o acidente?
JOSÉ WELLINGTON – Não. Eu ia de moto, na frente. Depois não vi mais o carro e voltei. Quando cheguei ao local o acidente já havia acontecido.
JC – O que você viu ao voltar?
JOSÉ WELLINGTON – Ainda estava todo mundo dentro do carro.
JC – E já estavam mortos?
JOSÉ WELLINGTON – Meu sobrinho ainda respirava, mas não havia como tirá-lo das ferragens. Só ele deu sinal de vida.
JC – Pelo que você soube, de quem foi a culpa?
JOSÉ WELLINGTON – Não sei informar com certeza. O caminhão pegou o lado do carro. O povo diz que o carro foi para cima do caminhão e eu não sei ao certo.
JC – Vocês pegaram a estrada a que horas?
JOSÉ WELLINGTON – Saímos da casa da minha irmã, onde tínhamos ido passar o fim de semana, às 3h40 porque tínhamos que trabalhar. O acidente aconteceu por volta das 4h30.
JC – Vocês vinham de uma festa? Seu irmão tinha bebido?
JOSÉ WELLINGTON – Meu irmão não bebia. A gente tinha ido passar o fim de semana em Jundiá (AL), onde houve carnaval fora de época. Todo ano fazíamos esse passeio.
JC – Seu irmão dirigia bem?
JOSÉ WELLINGTON – Sim, fazia tempo que ele dirigia, mas tinha comprado o Fiat há uns dois meses.
JC – Como você se sente?
JOSÉ WELLINGTON – É preciso ter muita força para superar essa perda grande. Não sei se vou conseguir.
JC – Você já pensou no seu futuro sem eles?
JOSÉ WELLINGTON – Quem sabe do meu destino é Deus. É uma situação difícil, não há como mudar, não tem como.
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Comunicação
segunda-feira, 16 de março de 2009
Travelling
Acho que as HQs de Watchmen deviam muito fazer parte da bibliografia de cursos de cinema. Essa é a primeira página da primeira revista e ao longo das doze publicações, pululam visualizações perfeitas e detalhadas dos mais distintos recursos cinematográficos. Tudo quadro a quadro. A adaptação para cinema segue estritamente algumas dessas dicas, mas, como sempre acontece, deixa muita coisa de lado. Como estou sem internet em casa, não posso me entregar completamente ao devaneio sem fim. Portanto, confiram vocês mesmos:
Revistas 01 - 04
Revistas 05 - 08
Revistas 09 -12
Revistas 01 - 04
Revistas 05 - 08
Revistas 09 -12
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Cinema
Depois do Som Barato...
Comunicado Oficial - Fim da 'Discografias'
Informamos a todos os membros da comunidade "Discografias" e relacionadas (Trilhas Sonoras de Filmes, Trilhas Sonoras de Novelas, Coletâneas (V.A.), Pedidos, Dicas/Dúvidas e Índice Geral), que encerramos as atividades devido às ameaças que estamos sofrendo da APCM e outros orgãos de defesa dos direitos autorais. Nosso trabalho foi árduo para manter as comunidades organizadas, sem auferir nenhum tipo de vantagem financeira com elas, somente com o intuito de contribuir de alguma forma para a cultura e entretenimento. Não é com o fechamento desta comunidade e outras equivalentes que as gravadoras irão aumentar seus lucros. Muitos artistas perderão seus meios de divulgação. Milhares de membros terão que procurar outras atividades no Orkut que não seja o download de músicas e afins. O número de sites e blogs de conteúdo similar, mais programas como eMule, limewire, de torrents e outros P2P, cresce em progressão geométrica. Perdem eles, perdemos todos, mas enfim, tudo em nome do dinheiro das grandes corporações. Nada em nome da cultura.
Tais entidades de defesa dos direitos autorais, como a R.I.A.A. nos Estados Unidos e APCM no Brasil, que é a representante legal de:
UNIVERSAL MUSIC DO BRASIL LTDA.;
WARNER MUSIC BRASIL LTDA.;
SONY - BMG BRASIL LTDA.;
SIGLA - SISTEMA GLOBO DE GRAVAÇÕES AUDIO VISUAIS LTDA;
EMI MUSIC LTDA.;
COLUMBIA PICTURES INDUSTRIES INC.;
DISNEY ENTERPRISES INC.;
METRO-GOLDWYN-MAYER STUDIOS INC.;
PARAMOUNT PICTURES CORPORATION;
TWENTIETH CENTURY FOX FILM CORPORATION;
UNIVERSAL CITY STUDIOS INC.;
WARNER BROS.;
UNITED ARTISTS PICTURES INC.;
UNITED ARTISTS CORPORATION;
UBV - UNIÃO BRASILEIRA DE VÍDEO E ASSOCIADAS
Sendo ainda representante de IFPI - International Federation of the Phonographic Industry e MPA - Motion Picture Association no Brasil, se dizem "sem fins lucrativos", vamos acreditar nisso, né gente? Como todos acreditam nas histórias da carochinha. Portanto, deixamos aqui os dados de contato do orgão responsável pelo fechamento das comunidades e de um de seus representantes:
APCM - ANTI-PIRATARIA CINEMA E MÚSICA
RUA HADDOCK LOBO, 585 – SÃO PAULO – SP – BRAZIL
INTERNET ANTI-PIRACY UNIT
Telefone: +55 (11) 3061-1990x244
E-mail: anti-piracy@apcm.org.br
Bruno Henrique Tarelov: btarelov@apcm.org.br
Fone: 55 11 30611990 ramal 238
Fax: 55 11 30611221
Agradecemos a todos que de um jeito ou de outro, colaboraram para que nossas comunidades fossem tão populares. Valeu, gente!
A Moderação
Tais entidades de defesa dos direitos autorais, como a R.I.A.A. nos Estados Unidos e APCM no Brasil, que é a representante legal de:
UNIVERSAL MUSIC DO BRASIL LTDA.;
WARNER MUSIC BRASIL LTDA.;
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SIGLA - SISTEMA GLOBO DE GRAVAÇÕES AUDIO VISUAIS LTDA;
EMI MUSIC LTDA.;
COLUMBIA PICTURES INDUSTRIES INC.;
DISNEY ENTERPRISES INC.;
METRO-GOLDWYN-MAYER STUDIOS INC.;
PARAMOUNT PICTURES CORPORATION;
TWENTIETH CENTURY FOX FILM CORPORATION;
UNIVERSAL CITY STUDIOS INC.;
WARNER BROS.;
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UNITED ARTISTS CORPORATION;
UBV - UNIÃO BRASILEIRA DE VÍDEO E ASSOCIADAS
Sendo ainda representante de IFPI - International Federation of the Phonographic Industry e MPA - Motion Picture Association no Brasil, se dizem "sem fins lucrativos", vamos acreditar nisso, né gente? Como todos acreditam nas histórias da carochinha. Portanto, deixamos aqui os dados de contato do orgão responsável pelo fechamento das comunidades e de um de seus representantes:
APCM - ANTI-PIRATARIA CINEMA E MÚSICA
RUA HADDOCK LOBO, 585 – SÃO PAULO – SP – BRAZIL
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Telefone: +55 (11) 3061-1990x244
E-mail: anti-piracy@apcm.org.br
Bruno Henrique Tarelov: btarelov@apcm.org.br
Fone: 55 11 30611990 ramal 238
Fax: 55 11 30611221
Agradecemos a todos que de um jeito ou de outro, colaboraram para que nossas comunidades fossem tão populares. Valeu, gente!
A Moderação
Ps.: A APCM só perseguia nossas comunidades, e assim, os links postados pelos nossos membros estavam sendo rapidamente denunciados e excluídos, pois eles querem aparecer e só deletam de onde está mais fácil e tem maior visibilidade na mídia. O pessoal que baixava de nossas comunidades vai poder continuar a procurar os links no lugar de maior acervo: O Google.
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quinta-feira, 12 de março de 2009
y
"Rodrigo,
Lembra quando perguntaste sobre chorar pelo mundo inteiro e depois querer sumir? Quando olhaste pra mim naquele dia e fizeste essa pergunta, eu senti como se ouvisse meu eco. Não imaginas como me abraçaste sem braços ao dizer tais coisas, e depois afirmaste, com uma cara bem plácida, que sabias que eu entenderia. Eu me sinto em casa quando estou contigo. Posso falar coisas que eu não falaria pra quase ninguém, pois sei que ririam de mim. Pra ti eu falo de pássaros e vida e choro e solidão. E quando brigas comigo, ou me provocas ou falas como quem não quer ser carinhoso eu sei, de diversas formas, que é tudo um afago às avessas. Eu sei que a gente se ama e se entende tanto que chega a me assustar. Acho lindo quando esqueces que estás aqui e falas dos teus filhos e dos teus quarenta anos, ou quando dizes que enxergas a vida nas poesias da aula de fotografia. Queria te achar sempre que eu olhasse pro lado. E queria que meu filho Antônio fosse amigo do teu filho Ícaro, e que a gente comesse macarronada um na casa do outro alternando os domingos. Queria te ver muito feliz e escrevendo pra sempre coisas bonitas. Meu amigo, tu és o mais sensível de todos".
ai grega, que saudade. =~~
ai grega, que saudade. =~~
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Correspondências
quarta-feira, 11 de março de 2009
Atchim
Algumas lembranças surgem de maneira muito incontrolável. Vejamos só: estou na biblioteca fazendo fichamento de um livro, quando alguém em algum lugar distante espirra. Antes dez outros já tinham espirrado, tossido, mas desta vez eu penso na hora: "meu deus, esse era o espirro do meu pai".
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Cotidiano
"Máquina de lavar fez mais pela mulher do que pílula, diz Igreja"
errr... essa conclusão saiu num artigo, escrito por uma mulher, num dos Jornais do Vaticano, L'Osservatore Romano, por ocasião do Dia Internacional da Mulher. O título do artigo era: "A Máquina de lavar e a liberação das mulheres - ponha detergente, feche a tampa e relaxe"
Eu achei genial: isso que é piada cristã de verdade.
Eu achei genial: isso que é piada cristã de verdade.
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Comunicação
domingo, 1 de março de 2009
Frost / Nixon
Ron Howard é um daqueles cineastas que, como acontece diante de algumas pessoas, gostaríamos de passar longe e de olhos vendados, ou melhor, gostaríamos até de conhecer a título de curiosidade, mas depois de conhecido, gostaríamos também de ser agraciados com a condição de desconhecer. Só que também como acontece com as pessoas, essa situação habita apenas a imaginação sem saída, e especialmente no caso do diretor, nos sentimos cercados, afinal, nem é preciso abrir a porta de casa para nos darmos conta que Apollo 13 (1995), Uma Mente Brilhante (2001) e o hors concurs O Código da Vinci (2006) já estão fazendo a festa na sala de estar. Bons tempos infantis onde só conhecíamos Cocoon (1985). Também não quero sair explicando a péssima conexão entre exagero dramático e ação de quinta que só o cineasta americano consegue montar, mas sim, assumir uma puta contradição: assisti recentemente Frost / Nixon (2008), que milagrosamente apareceu no meu computador, e levei um baita susto. Primeiro por não dormir. Segundo por terminar o filme tendo certeza que aquelas não foram as duas horas mais entediantes da minha semana. Ok, estou sendo chato, mas é Ron Howard. Ele merece. Mas, de fato, tenho de admitir que fiquei bastante intrigado com a escolha - ou acaso - de estereotipar ao extremo os personagens secundários, que formam uma espécie de esquadrão do entrevistador e esquadrão do entrevistado, colocando em lados distintos o ex-combatente do Vietnã devotado pelo Nixon e o acadêmico nerd-quase-google a serviço de Frost. Bem caricato, simples e Ron Howard mesmo. Só que aí vem a surpresa, pois ao invés de fazer o mesmo com os personagens principais - algo que seria o esperado -, o diretor ou roteirista terminou por inseri-los num complexo espiral ambivalente: Nixon é um reaça filho da puta e contraditoriamente um gentleman educado e inteligente; Frost é um gentleman inteligente e midiático e um alienado por escolha própria. Isso apenas como panorama primeiro, pois os personagens vão mostrando diferentes faces no decorrer da narrativa, fazendo das peças secundárias, extremos metafóricos de quem eles próprios, em situações-limite, são e não são. Parece-me uma solução esperta na construção das personagens, apesar de que os depoimentos diretos para a câmera sejam patéticos. Melhor esquecer. Sim, obviamente me identifiquei bastante com o Frost, não pela cara de pau na hora da paquera ou pelo riso cínico ou pelo desleixo com o trabalho, mas por se interessar em fazer uma entrevista com o político mais importante do momento, quando ele, enquanto jornalista, não passava de um apresentador de auditório cercado de amenidades. Acho que há uma alfinetada na posição política rígida que muitas vezes vem associada ao velho pragmatismo de separar baixa e alta cultura e que se auto distingue como A posição política possível. Aos mais interessados, recomendo assistir a entrevista original: não só pelo conteúdo que nos leva numa relação entre registro histórico e discurso audiovisual, mas para especialmente confirmar como as atuações do Frank Langella e do Michael Sheen estão monstruosamente similares. Não que isso seja, a priori, bom ou ruim, mas querendo ou não, chama-nos a atenção. Pensando melhor, talvez tenha mesmo que dar uma chance as supostas pessoas que eu desejaria desconhecer, afinal se, enquanto cineasta desconhecível, o Ron Howard consegui me entreter e levantar questionamentos, talvez as pessoas também consigam ultrapassar a imagem que congelei sobre elas. Se bem que o maldito americano vai lançar Anjos e Demônios. Pois é, esqueçam o que eu disse.
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